Thursday, March 08, 2012

"Ninguém", de Judith Teixeira


Embriaguei-me num doido desejo
e adoeci de saudade.
Caí no vago..., no indeciso...
Não me encontro, não me vejo -
perscruto a realidade!...

E fico a tatear a escuridão...
Ninguém..., ninguém...
Nem eu, tão pouco!

Encontro apenas
o tumultuar dum coração
aprisionado dentro do meu peito
aos saltos como um louco.

Hora sombria
1923