Thursday, December 21, 2006

Judith Teixeira em "O homem da Carbonária" de Carlos Ademar


A Eva Moon, pela informação
O romance de Carlos Ademar O homem da Carbonária, editado em Maio de 2006 pela Oficina do Livro, é um interessante caso de maturidade narrativa. Recuperando informação histórica dispersa sobre o primeiro quartel do século XX, realizada a transmigração literária, o resultado é, adentro da estratégia policial e investigativa, um interessante fresco lisboeta.
Este segundo romance do Autor, para além de fornecer importantes pistas paraliterárias, não permite nunca que o leitor abrande na sua perquirição. Não é pois esta voracidade qualidade despicienda. Foi já tomado pela vertigem da leitura que encontrei, na página 247, uma ressalvável menção a Judith Teixeira, que cito de um excurso sobre a "diferença" entre homens e mulheres: "Por exemplo, a escritora Fernanda de Castro, a pintora de cavalete Sarah Afonso, a poetisa Judith Teixeira, não ficam atrás de qualquer homem, nas suas áreas." Tal inclusão no romance é ainda complementada por uma nota informativa breve sobre a vida e a obra da escritora.
Judith Teixeira vai assim iluminando os novos tempos com uma capacidade que ninguém mais poderá reprimir.