Thursday, November 03, 2016

Memória de Judith Teixeira em conferência de Branca de Gonta Colaço


Memória de Judith Teixeira em conferência de Branca de Gonta Colaço

Vinda da intensidade e do desejo, a literatura de Judith Teixeira pôde ser esquecida como um excesso contra o devir. Mas não o poderia para sempre. Onde tudo é possível, a fissura erótica age e deflagra-se nas camadas mais lateralizadas do desaconchego canónico até ao centro possível – acêntrica, a textologia judithiana é um centro, um outro centro.
Em conferência que não foi descaso, de título «Nós outras, as poetisas», Branca de Gonta Colaço, no ocaso do primeiro quartel do século XX, não omitiu o nome de Judith Teixeira no vasto rol de mulheres poetas convocadas como exemplo e produção literária. Lutando contra o destino, Teixeira publicará, pouco depois, a importante conferência «De mim».

O exercício judithiano dizia então que o nós de Branca de Gonta era a semente da convenção e do artificial. Um eu, em poesia, não poderia seu um nós. E ainda não é… 

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